RUTILO JÓIAS

A Rutilo Jóias fica no Boulevard Shopping e é lá que você encontra as mais belas jóias de autoria de grandes designers de Brasília.

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bracelete premiado

PRÊMIO EUROPA STAR 2002

Em 2002 Lurdinha Danezy recebeu o Prêmio Europa Star na categoria novas combinações divulgando para o mundo seu projeto "Transmutação o poder da reciclagem" onde propõe a valorização de materiais considerados de segunda categoria em obras de arte e jóias.

A ARTE DO CORPO

O caminho traçado por L Danezy passa pelo ferro.
Desde que descobriu o ferro a artista vem pesquisando este metal nos seus trabalhos, seja nos quadros com pinturas abstratas, seja nos figurativos de onde surgem , de uma mistura de pó resultante da oxidação da esponja de aço e cola, os nus com colorações que caminham por todos os tons ferrugens.
No entanto, apenas a tonalidade era pouco para a artista que encontrou na chapa de ferro material ideal para seus trabalhos e surgiram objetos de parede, de chão, de decoração.
Mas, ainda não era isso. O seu trabalho ficava restrito e preso no interior de residências. Precisava sair e caminhar por aí.
O veículo para esse passeio foi o próprio corpo e surgiram as jóias. L Danezy reduziu o tamanho de suas peças e deu às pessoas a oportunidade de passear com suas obras. O corpo como parede, carregando pequenas obras de arte, encantando os olhos sensíveis às sutilezas das artes, olhos que preferem o original ao banal.
As jóias são o resultado de uma combinação de chapa de ferro, em estado de deterioração, associada a tecidos e folhas de metais mais nobres, como o ouro e prata, garantindo, com isso, um aspecto de sofisticação e rusticidade.
A coleção é marcada pela exclusividade, uma vez que, jóia e obra de arte se confundem numa mesma peça.
A artista propõe, com essa coleção, um resgate de materiais que estariam fadados à deterioração e, colabora com a manutenção da natureza, livrando-a, ao menos em parte, de produtos poluentes, além de proporcionar às pessoas a oportunidade de carregarem consigo suas obras de arte.

As jóias de Lurdinha Danezy podem ser encontradas na
RUTILO JÓIAS no Boulevard Shopping (ao lado do Carrefour norte)

A JÓIA E A ESCULTURA (Omar Franco)

A jóia e a escultura sempre caminharam de forma paralela, com as inovações técnicas e formais absorvidas conjuntamente. Historicamente cumpriram funções de adorno do corpo ou como complementos aos monumentos arquitetônicos, que foi o caso específico da escultura durante séculos. Hoje a escultura está livre da função decorativa e complementar da arquitetura, tem vida e sintaxe própria, como linguagem viva e independente das demais existentes. A jóia tornou-se prisioneira do material que a constitui. Continua adornando cabeças, pescoços, pulsos, orelhas, pernas, dedos, fazendo do corpo um fiel depositário de valores medidos em quilates, onças, gramas e dólares, um verdadeiro baú de pirata ambulante. Sua natureza, beleza e expressão ficam em segundo plano, pois a condição do material utilizado, seus valores intrínsecos, brilho e raridade tornam-se mais importantes que a jóia em si. Talvez seja a única área do fazer artístico, que ainda não conseguiu uma carta de alforria. L Danezy conhece bem essa realidade e possui determinação e talento suficientes para modificar esse quadro, em que a joalheria se encontra. Munida de materiais não convencionais, como metais oxidados e polidos, sem valor econômico, desafia o cânone do poder do ouro, como elemento básico da jóia contemporânea. Despe seu trabalho do brilho desnecessário, deixando a arte emergir em seu mais absoluto esplendor, livre para ser admirada e usada como tal, íntegra e independente como deve ser todo artista, que respeita seu ofício, sem submissão à ordem vigente. Não se trata de uma tarefa fácil, pois a conquista da liberdade implica em lutas e desgastes dilacerantes, mas estou certo de que este é o único caminho a ser seguido por aqueles que desejam transformar a jóia numa linguagem atualizada e independente, verdadeira e honesta forma de expressão artística, como as demais existentes, tirando-a do lugar comum, dando-a o status de uma grande arte, como sempre mereceu. Omar Franco - artista plástico Brasília, setembro de 2001.